quarta-feira, 19 de julho de 2023

Vítimas do Holocausto: uma análise estatística W. Benz e W. N. Sanning – Uma Comparação - {parte 4 - território da Polônia} - por German Rudolf

 Continuação de Vítimas do Holocausto: uma análise estatística W. Benz e W. N. Sanning – Uma Comparação - {parte 3 - territórios da Albânia, Grécia, Iugoslávia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia e Bulgária} - por German Rudolf

 Germar Rudolf 


3.9. Polônia

A Polônia é discutida aqui em termos de suas fronteiras do pós-guerra, sem as regiões do leste da Alemanha. Enquanto Benz afirme adicionar a isso meramente os distritos administrativos de Bialystok e da Galícia, ele eventualmente inclui as vítimas de todo o território que era polonês no período entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, ou seja, partes do que era conhecido durante a Segunda Guerra Mundial como os Comissariados do Reich Ucrânia e Ostland. Mas como ele deduz somente o número de vítimas da Galícia e Bialystok do total em seu capítulo sobre a União Soviética, isso resulta em contagens duplicadas que serão discutidas com mais detalhes na seção considerando a União Soviética.


Benz

Judeus 9/39

   Ref.

Judeus 1945

     Ref.

Vítimas

Ref.

Polônia

2.000.000

    443

200.000

492 e seg.

1.800.000

495

 

Sanning

Judeus 1941

     Ref.

Judeus 1945

      Ref.

Faltando

      Ref.

Polônia

757.000

      44

240.489

       45

516.511

        45

 

3.9.1. População da Polônia antes da guerra

O último censo polonês pré-guerra indicou aproximadamente 3,1 milhões de judeus (B416, S20).

Com base em estudos detalhados, Sanning mostra que mesmo durante o período entre as duas guerras mundiais, os judeus poloneses exibiram uma taxa extremamente baixa de crescimento populacional (S26f.). O Institut für Zeitgeschichte alemão oficial acrescenta que, desde 1933, cerca de 100.000 judeus poloneses por ano deram as costas à Polônia radicalmente antissemita e emigraram para a Europa Ocidental ou além-mar (S32).51 Uma vez que os que saíam do país eram predominantemente jovens, o número de judeus na Polónia deve ter diminuído acentuadamente até ao início da guerra devido não só a esta migração mas também devido a um crescente sobreenvelhecimento da população. Sanning coloca o número de emigrantes entre 1931 e 1939 em apenas 500.000 e ainda considera uma taxa de crescimento populacional de 0,2%. Assim, ele chega a uma população de 2.664.000 judeus no início da guerra (S32).

Esta edição, à qual Sanning devota cerca de 20 páginas de análise intensiva e completamente documentada, é concedida por Benz (B417) em duas frases:

“[...] se nós extrapolarmos os números do censo [de 1931] levando em conta o crescimento natural e a emigração, chegamos a uma população total de 35.100.000 pessoas em 1939 para a nação polonesa como um todo, da qual o componente judeu é estimado em 3.446.000. Nós repetimos: esses números não são certos [….]”

Benz, portanto, assume, em primeiro lugar, que o número de judeus poloneses aumentou como aqueles dos remanescentes poloneses. Desde que Sanning refutou claramente essa suposição oito anos antes da publicação do trabalho de Benz, e ainda assim Benz nem mesmo menciona os argumentos de Sanning, muito menos os refuta, só pode haver uma explicação para o porquê de inverdades serem claramente disseminadas aqui: o propósito é maximizar o número população inicial para os judeus poloneses.

Em segundo lugar, Benz assume que a taxa de emigração foi essencialmente negligenciável. Mas desde que seu livro é uma publicação do Institut für Zeitgeschichte e como esse mesmo Instituto anunciou publicamente que cerca de 100.000 judeus poloneses deixaram a Polônia anualmente desde 1933, é de se perguntar se este é o caso de a mão esquerda não saber (ou não querer saber?) o que a mão direita está fazendo.

Benz, portanto, baseia seus argumentos subsequentes em um número inicial de 3.350.000 judeus presentes na Polônia no início da guerra (B417), dos quais 2,3 milhões são atribuídos à parte ocidental que os alemães ocuparam em 1939 (B418). Dessa forma, Benz superestimou o número de judeus em provavelmente 700.000, no mínimo. Devemos nós acreditar que Benz desconhecia a análise de Sanning sobre as tendências da população judaica na Polônia pré-guerra?  Isso parece fora de questão, desde que o livro de Benz foi publicado oito anos depois do de Sanning. Conforme eu vejo isso, o fato de Benz dedicar não mais do que uma frase e um comentário apologético a este tópico complexo (“Repetimos: esses números não são certos”) explica tudo: este é um exemplo de estatísticas sendo estendidas passando bem além do ponto de ruptura!

 

3.9.2. Movimentos de refugiados durante a campanha polonesa

De acordo com Benz, cerca de 300.000 dos 2,3 milhões iniciais de judeus do oeste da Polônia fugiram para o leste das forças armadas alemãs durante a campanha polonesa, para a área ocupada pelos soviéticos; desses 300.000, aproximadamente 250.000 foram deportados para a Sibéria pelos soviéticos. Benz afirma que essas são estimativas, já que supostamente não há números confiáveis (B425 e seguinte, 443). Em acordo, Benz sugere que aproximadamente 2 milhões de judeus poloneses ficaram sob as regras alemãs no oeste da Polônia (B443). Para documentar essas estatísticas, Benz refere-se, antes de mais nada, a dados provenientes de fontes alemãs cujo valor duvidoso já tem sido mencionado.28 Sanning explica que esses números são estimativas calculadas pelas autoridades alemãs extrapolando os dados do censo de 1931 com base em um aumento populacional de 10% (S44 e seguinte). Mesmo durante a ocupação alemã da Polônia, não havia números e análises mais confiáveis disponíveis, e estatísticos contemporâneos cometeram o mesmo erro que Benz repete em seu livro.

Sanning cita inúmeras fontes sionistas, judaicas e pró-judaicas, todas indicando que entre 500.000 e um milhão de judeus fugiram para a zona ocupada pelos soviéticos na Polônia durante a guerra germano-polonesa (S39-43). Novamente, a maioria deles foi deportada para a Sibéria. Entre as fontes citadas estão as organizações de socorro judaicas, que atenderam 600.000 judeus poloneses em campos de trabalhos forçados na Sibéria. Desde que uma proporção considerável desses judeus deportados já morreu durante os transportes desumanos para esses campos, Sanning postula um total de 750.000 judeus que fugiram para a zona soviética, bem como outros 100.000 que fugiram para a Romênia (S44).52 Assim, o número de judeus no oeste da Polônia tinha diminuído de 1.607.000 iniciais (S39) para 757.000 (S44), enquanto o número permaneceu inalterado na Polônia oriental devido à deportação de refugiados predominantemente poloneses ocidentais (aproximadamente um milhão, também Benz, B443).

O fato de que tais migrações de pessoas em fuga não eram incomuns é demonstrado pelo exemplo da Bélgica, onde 1½ a 2 milhões de pessoas fugiram das forças armadas alemãs no início da guerra, obstruindo efetivamente quaisquer movimentos estratégicos dos exércitos aliados (S43).

Os números de Benz e Sanning sobre o número de judeus remanescentes após a guerra não são muito diferentes entre si.

 

3.9.3. A destruição dos judeus poloneses

            Enquanto Sanning não aborda os métodos dos alegados assassinatos em massa, Benz faz várias observações sobre este tópico, do qual nós iremos citar alguns aspectos, com comentários onde necessário.

            Primeiro, Benz expõe repetidamente sobre os alegados assassinatos por gases de escapamento em vans, os quais, é claro, ele considera irrefutavelmente comprovados (Kalisz, B431; Chelmno, B447, 462; cf. Iugoslávia, B320). O leitor deve consultar o capítulo de I. Weckert no presente volume.

            Com relação aos métodos de matança em outros campos, ele reporta o uso de gás Zyklon-B engarrafado em Belzec (B462). Mas o gás Zyklon-B, ou seja, cianeto de hidrogênio, não é e nunca foi engarrafado. Para fins industriais, o cianeto de hidrogênio é transportado em vagões-tanque, mas nunca é engarrafado.  Além disso, ele relata o uso de motores Diesel para gaseamento em massa (Belzec, B462; Treblinka, B463; conferir USSR, B540). Sobre gaseamento com fumaça de escapamento de diesel, veja o capítulo de F. P. Berg, e sobre Treblinka, veja o estudo de A. Neumaier, ambos neste volume {Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, Uckfield, 2019}. Portanto, qualquer comentário seria supérfluo aqui.

Uma admissão digna de nota por parte de Benz é a seguinte:

Considerando o fato de que existem muito poucas fontes de documentação utilizáveis sobre os campos de extermínio, o número de judeus mortos nesses locais de assassinato é especialmente difícil de determinar e depende principalmente de estimativas fornecidas por testemunhas, da análise dos transportes regulares e suas forças numéricas, e na população daquelas áreas de onde os respectivos centros de extermínio foram ‘abastecidos’ [….]” (B463 e seguinte.)

A natureza não confiável do depoimento de testemunha é demonstrada repetidamente no presente volume. Além disso, cálculos diretos baseados exclusivamente em populações pré e pós-guerra só são possíveis se não houver emigração descontrolada e se as estatísticas iniciais estiverem corretas. É bastante surpreendente que Benz, no entanto, tenha a impudente ousadia de usar esse método.

Benz finalmente admite que a disponibilidade de fonte material deixa muito a desejar, não apenas no que diz respeito aos alegados campos de extermínio, mas também no que diz respeito a toda a organização da suposta estrutura da rede de extermínio (B463, nota de rodapé), e que há nenhuma ordem escrita, isto é, documentada e, portanto, comprovável para a destruição dos judeus (B3, 458 e seguinte, 512). 

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander


Notas:

51 Nota de Germar Rudolf: H. Graml, “Die Auswanderung der Juden aus Deutschland zwischen 1933 und 1939”, em Institut für Zeitgeschichte (ed.), Gutachten des Instituts für Zeitgeschichte, Vol. 1, publicado pelo editor, Munich 1958, página 80. 

28 Nota de Germar Rudolf: W. N. Sanning dá vários exemplos de tais dados exagerados de fontes alemãs: Romênia, 1,5 a 2 milhões (na verdade, aproximadamente 700.000); França, 1,2 milhão (na verdade, cerca de 300.000) (S45). 

52 Nota de Germar Rudolf: conferir J. G. Burg, Schuld und Schicksal, 2ª edição, Castle Hill Publishers, Uckfield 2018. Páginas 9-17.

 


Fonte: Germar Rudolf em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo Holocaust Victims: A Statistical Analysis - W. Benz and W. N. Sanning – A Comparison.

Acesse o livro gratuitamente no site oficial:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1  


Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005 mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Desde 2011 vive com sua família, esposa e três crianças, na Pennsylvânia. Entre suas principais obras estão:

Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.

The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).

Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2017.

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