Germar Rudolf |
3.9. Polônia
A
Polônia é discutida aqui em termos de suas fronteiras do pós-guerra, sem as
regiões do leste da Alemanha. Enquanto Benz afirme adicionar a isso meramente
os distritos administrativos de Bialystok e da Galícia, ele eventualmente
inclui as vítimas de todo o território que era polonês no período entre a
Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, ou seja, partes do que era conhecido
durante a Segunda Guerra Mundial como os Comissariados do Reich Ucrânia e Ostland.
Mas como ele deduz somente o número de vítimas da Galícia e Bialystok do total em
seu capítulo sobre a União Soviética, isso resulta em contagens duplicadas que
serão discutidas com mais detalhes na seção considerando a União Soviética.
Benz |
Judeus
9/39 |
Ref. |
Judeus
1945 |
Ref. |
Vítimas |
Ref. |
Polônia |
2.000.000 |
443 |
200.000 |
492
e seg. |
1.800.000 |
495 |
Sanning |
Judeus
1941 |
Ref. |
Judeus
1945 |
Ref. |
Faltando |
Ref. |
Polônia |
757.000 |
44 |
240.489 |
45 |
516.511 |
45 |
3.9.1. População da
Polônia antes da guerra
O
último censo polonês pré-guerra indicou aproximadamente 3,1 milhões de judeus
(B416, S20).
Com
base em estudos detalhados, Sanning mostra que mesmo durante o período entre as
duas guerras mundiais, os judeus poloneses exibiram uma taxa extremamente baixa
de crescimento populacional (S26f.). O Institut für Zeitgeschichte
alemão oficial acrescenta que, desde 1933, cerca de 100.000 judeus poloneses
por ano deram as costas à Polônia radicalmente antissemita e emigraram para a
Europa Ocidental ou além-mar (S32).51 Uma vez
que os que saíam do país eram predominantemente jovens, o número de judeus na
Polónia deve ter diminuído acentuadamente até ao início da guerra devido não só
a esta migração mas também devido a um crescente sobreenvelhecimento da
população. Sanning coloca o número de emigrantes entre 1931 e 1939 em apenas
500.000 e ainda considera uma taxa de crescimento populacional de 0,2%. Assim,
ele chega a uma população de 2.664.000 judeus no início da guerra (S32).
Esta
edição, à qual Sanning devota cerca de 20 páginas de análise intensiva e
completamente documentada, é concedida por Benz (B417) em duas frases:
“[...] se nós extrapolarmos os números do censo [de 1931] levando em conta o crescimento natural e a emigração, chegamos a uma população total de 35.100.000 pessoas em 1939 para a nação polonesa como um todo, da qual o componente judeu é estimado em 3.446.000. Nós repetimos: esses números não são certos [….]”
Benz,
portanto, assume, em primeiro lugar, que o número de judeus poloneses aumentou
como aqueles dos remanescentes poloneses. Desde que Sanning refutou claramente
essa suposição oito anos antes da publicação do trabalho de Benz, e ainda assim
Benz nem mesmo menciona os argumentos de Sanning, muito menos os refuta, só
pode haver uma explicação para o porquê de inverdades serem claramente
disseminadas aqui: o propósito é maximizar o número população inicial para os
judeus poloneses.
Em
segundo lugar, Benz assume que a taxa de emigração foi essencialmente negligenciável.
Mas desde que seu livro é uma publicação do Institut für Zeitgeschichte
e como esse mesmo Instituto anunciou publicamente que cerca de 100.000 judeus
poloneses deixaram a Polônia anualmente desde 1933, é de se perguntar se este é
o caso de a mão esquerda não saber (ou não querer saber?) o que a mão direita
está fazendo.
Benz,
portanto, baseia seus argumentos subsequentes em um número inicial de 3.350.000
judeus presentes na Polônia no início da guerra (B417), dos quais 2,3 milhões
são atribuídos à parte ocidental que os alemães ocuparam em 1939 (B418). Dessa
forma, Benz superestimou o número de judeus em provavelmente 700.000, no
mínimo. Devemos nós acreditar que Benz desconhecia a análise de Sanning sobre
as tendências da população judaica na Polônia pré-guerra? Isso parece fora de questão, desde que o livro
de Benz foi publicado oito anos depois do de Sanning. Conforme eu vejo isso, o
fato de Benz dedicar não mais do que uma frase e um comentário apologético a
este tópico complexo (“Repetimos: esses números não são certos”) explica tudo: este
é um exemplo de estatísticas sendo estendidas passando bem além do ponto de
ruptura!
3.9.2. Movimentos de
refugiados durante a campanha polonesa
De
acordo com Benz, cerca de 300.000 dos 2,3 milhões iniciais de judeus do oeste
da Polônia fugiram para o leste das forças armadas alemãs durante a campanha
polonesa, para a área ocupada pelos soviéticos; desses 300.000, aproximadamente
250.000 foram deportados para a Sibéria pelos soviéticos. Benz afirma que essas
são estimativas, já que supostamente não há números confiáveis (B425 e seguinte,
443). Em acordo, Benz sugere que aproximadamente 2 milhões de judeus poloneses
ficaram sob as regras alemãs no oeste da Polônia (B443). Para documentar essas
estatísticas, Benz refere-se, antes de mais nada, a dados provenientes de
fontes alemãs cujo valor duvidoso já tem sido mencionado.28
Sanning explica que esses números são estimativas calculadas pelas autoridades
alemãs extrapolando os dados do censo de 1931 com base em um aumento
populacional de 10% (S44 e seguinte). Mesmo durante a ocupação alemã da
Polônia, não havia números e análises mais confiáveis disponíveis, e
estatísticos contemporâneos cometeram o mesmo erro que Benz repete em seu
livro.
Sanning
cita inúmeras fontes sionistas, judaicas e pró-judaicas, todas indicando que
entre 500.000 e um milhão de judeus fugiram para a zona ocupada pelos
soviéticos na Polônia durante a guerra germano-polonesa (S39-43). Novamente, a
maioria deles foi deportada para a Sibéria. Entre as fontes citadas estão as
organizações de socorro judaicas, que atenderam 600.000 judeus poloneses em
campos de trabalhos forçados na Sibéria. Desde que uma proporção considerável
desses judeus deportados já morreu durante os transportes desumanos para esses
campos, Sanning postula um total de 750.000 judeus que fugiram para a zona
soviética, bem como outros 100.000 que fugiram para a Romênia (S44).52 Assim, o número de judeus no oeste da
Polônia tinha diminuído de 1.607.000 iniciais (S39) para 757.000 (S44),
enquanto o número permaneceu inalterado na Polônia oriental devido à deportação
de refugiados predominantemente poloneses ocidentais (aproximadamente um
milhão, também Benz, B443).
O
fato de que tais migrações de pessoas em fuga não eram incomuns é demonstrado
pelo exemplo da Bélgica, onde 1½ a 2 milhões de pessoas fugiram das forças
armadas alemãs no início da guerra, obstruindo efetivamente quaisquer
movimentos estratégicos dos exércitos aliados (S43).
Os
números de Benz e Sanning sobre o número de judeus remanescentes após a
guerra não são muito diferentes entre si.
3.9.3. A destruição dos
judeus poloneses
Enquanto Sanning não aborda os métodos dos alegados
assassinatos em massa, Benz faz várias observações sobre este tópico, do qual
nós iremos citar alguns aspectos, com comentários onde necessário.
Primeiro, Benz expõe repetidamente sobre os alegados
assassinatos por gases de escapamento em vans, os quais, é claro, ele considera
irrefutavelmente comprovados (Kalisz, B431; Chelmno, B447, 462; cf. Iugoslávia,
B320). O leitor deve consultar o capítulo de I. Weckert no presente volume.
Com relação aos métodos de matança em outros campos, ele reporta
o uso de gás Zyklon-B engarrafado em Belzec (B462). Mas o gás Zyklon-B, ou
seja, cianeto de hidrogênio, não é e nunca foi engarrafado. Para fins
industriais, o cianeto de hidrogênio é transportado em vagões-tanque, mas nunca
é engarrafado. Além disso, ele relata o
uso de motores Diesel para gaseamento em massa (Belzec, B462; Treblinka, B463;
conferir USSR, B540). Sobre gaseamento com fumaça de escapamento de diesel,
veja o capítulo de F. P. Berg, e sobre Treblinka, veja o estudo de A. Neumaier,
ambos neste volume {Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of
‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, Uckfield, 2019}. Portanto,
qualquer comentário seria supérfluo aqui.
Uma
admissão digna de nota por parte de Benz é a seguinte:
“Considerando o fato de que existem muito poucas fontes de documentação utilizáveis sobre os campos de extermínio, o número de judeus mortos nesses locais de assassinato é especialmente difícil de determinar e depende principalmente de estimativas fornecidas por testemunhas, da análise dos transportes regulares e suas forças numéricas, e na população daquelas áreas de onde os respectivos centros de extermínio foram ‘abastecidos’ [….]” (B463 e seguinte.)
A
natureza não confiável do depoimento de testemunha é demonstrada repetidamente
no presente volume. Além disso, cálculos diretos baseados exclusivamente em
populações pré e pós-guerra só são possíveis se não houver emigração
descontrolada e se as estatísticas iniciais estiverem corretas. É bastante
surpreendente que Benz, no entanto, tenha a impudente ousadia de usar esse
método.
Benz finalmente admite que a disponibilidade de fonte material deixa muito a desejar, não apenas no que diz respeito aos alegados campos de extermínio, mas também no que diz respeito a toda a organização da suposta estrutura da rede de extermínio (B463, nota de rodapé), e que há nenhuma ordem escrita, isto é, documentada e, portanto, comprovável para a destruição dos judeus (B3, 458 e seguinte, 512).
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
51 Nota de Germar Rudolf: H. Graml, “Die Auswanderung der Juden aus Deutschland zwischen 1933 und 1939”, em Institut für Zeitgeschichte (ed.), Gutachten des Instituts für Zeitgeschichte, Vol. 1, publicado pelo editor, Munich 1958, página 80.
28 Nota de Germar Rudolf: W. N. Sanning dá vários exemplos de tais dados exagerados de fontes alemãs: Romênia, 1,5 a 2 milhões (na verdade, aproximadamente 700.000); França, 1,2 milhão (na verdade, cerca de 300.000) (S45).
52 Nota de
Germar Rudolf: conferir J. G. Burg, Schuld und Schicksal, 2ª edição,
Castle Hill Publishers, Uckfield 2018. Páginas 9-17.
Fonte: Germar Rudolf em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo Holocaust Victims: A Statistical Analysis - W. Benz and W. N. Sanning – A Comparison.
Acesse o livro gratuitamente no site oficial:
https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1
Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005 mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Desde 2011 vive com sua família, esposa e três crianças, na Pennsylvânia. Entre suas principais obras estão:
Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.
The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).
Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2017.
___________________________________________________________________________________
Recomendado, leia também:
Prefácio de Dissecando o Holocausto - Edição 2019 - Por Germar Rudolf
Campos de Concentração Nacional-Socialistas {nazistas}: lenda e realidade - parte 1 - precedentes e funções dos campos - por Jürgen Graf (demais partes na sequência do próprio artigo)
A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)
O valor do testemunho e das confissões no holocausto - parte 1 - Por Germar Rudolf (primeira de três partes, as quais são dispostas na sequência).
O Holocausto em Perspectiva - Uma Carta de Paul Rassinier - por Paul Rassinier e Theodore O'Keefe
O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf
O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)
A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz
Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz
Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz
Os Homens que “passaram o pano” para Hitler {com análise crítica revisionista} - Por Gitta Sereny
Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 3) - Tampos e aberturas - por Ditlieb Felderer
Bloco de notas sobre Auschwitz (Parte 4) – Portas e portinholas - por Ditlieb Felderer
Revisionismo e Promoção da Paz - parte 1 - por Harry Elmer Barnes
Revisionismo e Promoção da Paz - parte 2 - por Harry Elmer Barnes
Carta para o ‘The Nation’ {sobre o alegado Holocausto} - por Paul Rassinier
Sobre a importância do revisionismo para nosso tempo - por Murray N. Rothbard
A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 1 - por Harry Elmer Barnes
A vigilante marcação pública no revisionismo - parte 2 - por Harry Elmer Barnes
O “Holocausto” colocado em perspectiva - por Austin Joseph App
O Relatório Leuchter: O Como e o Porquê - por Fred A. Leuchter
O que é ‘Negação do Holocausto’? - Por Barbara Kulaszka
Por que o revisionismo do Holocausto? - por Theodore J. O'Keefe
As câmaras de gás: verdade ou mentira? - parte 1 - por Robert Faurisson (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).
A Mecânica do gaseamento - Por Robert Faurisson
O “problema das câmaras de gás” - Por Robert Faurisson
As câmaras de gás de Auschwitz parecem ser fisicamente inconcebíveis - Por Robert Faurisson
Confissões de homens da SS que estiveram em Auschwitz - por Robert Faurisson - parte 1 (primeira de seis partes, as quais são dispostas na sequência).
A mentira a serviço de “um bem maior” - Por Antônio Caleari
Liberdade para a narrativa da História - por Antonio Caleari
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários serão publicados apenas quando se referirem ESPECIFICAMENTE AO CONTEÚDO do artigo.
Comentários anônimos podem não ser publicados ou não serem respondidos.