sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Vítimas do Holocausto: uma análise estatística W. Benz e W. N. Sanning – Uma Comparação - {parte 8 - conclusões} - por German Rudolf

 Continuação de Vítimas do Holocausto: uma análise estatística W. Benz e W. N. Sanning – Uma Comparação - {parte 7 - verificações estatísticas e perdas alemãs e judaicas} - por German Rudolf

 Germar Rudolf 


7. Conclusões

            Em sua análise das nações da Europa Central e Ocidental, o livro de W. N. Sanning repousa sobre uma base de alguma maneira instável. Benz tem o melhor material nesta instância. Nenhuma das duas obras aborda o problema dos “judeus de fato” com detalhes suficientes; enquanto cada um dos coautores de Benz lida com o problema até tão longe conforme ele parece adequado, Sanning toca esta matéria somente marginalmente.

Mas são as análises das nações Polônia, União Soviética e Hungria, bem como a questão da emigração pós-guerra, que são de significado vital para a determinação do número de vítimas do Holocausto. Nesse respeito, o trabalho de Benz falha miseravelmente.

A fim de avaliar os dois livros, vamos dar uma olhada no Gráfico 1. A altura total das barras representa o número de judeus antes da Segunda Guerra Mundial na área que mais tarde ficou sob domínio alemão. Grosso modo, Benz determina seu número de vítimas do Holocausto subtraindo da população inicial pré-guerra o número de judeus ainda em cada país afetado após a guerra, mais aqueles cuja emigração foi registrada durante e após a guerra.

 

Benz

Sanning

 

 

 

 

 

 

vítimas

do

Holocausto

 

Morte devido a deportação e aprisionamento soviético

 

Morte devido a pogroms por não alemães, sem colaboração alemã ou sanção

 

Morte devido a efeitos da guerra (serviço laboral, vítimas de bombardeamento)

 

Morte como soldado

 

Morte como partisan (batalha ou execução)

 

Excesso natural de mortes sobre nascimentos

 

Conversões religiosas

 

Emigração não registrada durante e depois da guerra

 

Judeus não estatisticamente registrado ou identificado como judeus hoje

 

Casos não resolvidos, na maior parte por causa ‘natural’ em guetos e campos

Conforme para Sanning

 

 

Emigração registrada durante e após a guerra

Conforme para Sanning

 

 

Judeus remanescentes hoje

Quadro 1: Representação esquemática das abordagens de W. Benz e W. N. Sanning para determinar o número de vítimas do Holocausto. O tamanho das barras individuais não reflete o número de casos.

 

Ele culpa os alemães pelas vítimas judaicas da deportação e prisão soviética não menos do que as vítimas dos pogroms que ocorreram nem com a participação nem mesmo com a aprovação tácita das forças alemãs, bem como as vítimas dos bombardeios aliados, as baixas do Serviço de Trabalho, os soldados judeus que caíram nas fileiras dos exércitos soviéticos e as baixas da guerra com os partisans. Desde que nenhuma dessas vítimas perdeu a vida devido a medidas ou ações ilegais, negligentes ou deliberadas dos alemães, esse método de maximizar o número de vítimas pode somente ser chamado de desonesto. Sanning exclui com razão essas vítimas de sua análise, claro que com exceção das vítimas partidárias regulares, cujos números são difíceis de estimar e que não devem ser agrupadas com quaisquer vítimas de potenciais execuções irregulares.

Benz também ignora perdas reais ou aparentes por meios não militares, tais como o excesso natural de mortes sobre nascimentos, conversões religiosas, emigração não registrada durante e especialmente após a guerra, bem como judeus não registrados estatisticamente como tal hoje. Em particular, Benz não faz qualquer menção à emigração em massa do pós-guerra, parcialmente descontrolada e não registrada, que tem se tornado conhecida como o “Êxodo moderno”; do fato, geralmente reconhecido hoje, que as estatísticas soviéticas refletem somente uma fração dos judeus que realmente vivem na União Soviética; e do fato de que os judeus poloneses também sofreram grandes reduções populacionais no período entre guerras devido à emigração, superenvelhecimento da população e excesso de mortes em relação aos nascimentos.

Benz enfatiza que, onde as evacuações soviéticas, as tendências da população judaica na Polônia e as migrações aéreas polonesas estão concernidas, não há números definitivos e deve-se confiar somente em estimativas. Ele chega a suas estimativas no espaço de umas poucas sentenças, sem qualquer tipo de linha lógica de raciocínio ou evidência. Embora ele admita que essas questões precisam urgente e seriamente de mais pesquisas, ele evita qualquer tal esforço.

Ao invés, o livro desencadeia um prodigioso dilúvio verbal a fim de reconstituir a história judaica primitiva e a história das medidas antijudaicas de cada nação, algo que inúmeros outros autores já fizeram (alguns deles muito melhor) e que não contribui em nada para resolver a autonomeada tarefa dos autores.

Achados recentes, como as evidências que as fotos aéreas podem fornecer considerando o alegado extermínio dos judeus húngaros, também são estudiosamente ignoradas. E o que é pior: onde os alegados métodos de matar são concernidos, Benz regurgita velhas afirmações muitas vezes refutadas e ignora o fato de que engenheiros e cientistas são os únicos especialistas neste campo.

Também, Benz e seus coautores citam fontes stalinistas e comunistas sem nem metade de um pensamento frente a uma avaliação crítica, mesmo quando essas fontes claramente voltam a julgamentos e adotam indiferente e alegremente a terminologia stalinista em seus argumentos, mostrando-se eles próprios numa luz dúbia e não científica no processo.

E, finalmente, quatorze dos supostamente melhores historiadores no assunto do mundo109 foram evidentemente incapazes de assegurar coletivamente o tratamento uniforme das fronteiras nacionais nos capítulos individuais. Um olho nisso teria evitado contar meio milhão de vítimas duas vezes no total geral.

Assim, o julgamento que eles pensaram em pronunciar sobre outro estudioso acaba refletindo sobre eles mesmos:

“[…] quase todos os outros estudos do Holocausto dão a impressão de que o número de vítimas poderia ser […] determinado diretamente a partir do número retrospectivo de judeus [contados].” (B408)

“[...] O autor [neste caso, Benz et al.] distingue-se por seu manuseio metodologicamente inseguro do material estatístico, bem como por raciocínios e conclusões ousados e comprovadamente errôneos.” (B558, nota de rodapé 396.)

Como Benz, Sanning comete o erro de colocar muita fé nas estatísticas as quais estão disponíveis. Nos fatos reais, as variações nos dados impedem qualquer resposta definitiva à questão de quão muitas centenas de milhares de judeus perderam suas vidas na esfera de influência alemã. Esses números estão perdidos nas variações que caracterizam o material estatístico. Até a data, apenas os números fornecidos pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha podem ser considerados como certos. O Escritório Especial do CICV {Comitê Internacional da Cruz Vermelha} em Arolsen mantém o rastreamento todas as mortes documentadas em campos de concentração alemães do Terceiro Reich. Um resumo de 1º de janeiro de 1993 documenta 296.081 mortes. A distribuição dessas mortes entre os campos individuais é mostrada em minha última tabela.

 

MORTES DOCUMENTADAS NOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO ALEMÃES conforme 1º de janeiro de 1993

Total

296.081

Auschwitz

60.056

Bergen-Belsen

6.835

Buchenwald

20.687

Dachau

18.334

Flossenbürg

18.334

Groß-Rosen

10.951

Majdanek

8.831

Mauthausen

78.859

Mittelbau

7.468

Natzweiler

4.431

Neuengamme

5.785

Ravensbrück

3.639

Sachsenhausen

5.014

Stutthof

12.634

Theresienstadt

29.375

Outros campos

4.704

 

Os judeus provavelmente constituem cerca de metade do total. É preciso ter em mente, no entanto, que esta lista não está completa. Os campos Chelmno, Belzec, Sobibor e Treblinka estão faltando na tabela, assim como estão aqueles que morreram nos guetos. E, finalmente, é preciso lembrar que, de acordo com os Livros da Morte, aproximadamente 66.000 pessoas morreram em Auschwitz somente no final de 1943,110 e que os americanos mencionaram 25.000 mortos no Campo de Concentração de Dachau durante a guerra.111 Uma estimativa realista do número real de vítimas, portanto, pode ser duas vezes maior do que o total de vítimas registradas por nome nos registros de Arolsen. O número de vítimas registradas pelo nome agora é de cerca de 450.000.112 Sem dúvida, a maior parte deles são judeus, mas os números exatos ainda são desconhecidos.

Mesmo dessa perspectiva, a morte claramente cobrou um alto preço.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander

 Notas


109 Nota de Germar Rudolf: Além dos colaboradores de seu volume, Benz também agradece aos professores Yisrael Gutman, Otto D. Kulka, Yehuda Bauer, Christopher Browning, Czeslaw Madajczyk, Helmut Krausnick, H. D. Loock, Randolph L. Braham e Wolfgang Scheffler, página 20. 

110 Nota de Germar Rudolf: Conferir Staatliches Museum Auschwitz-Birkenau (ed.), Die Sterbebücher von Auschwitz, Saur, Munich 1995; durante todo o tempo de existência dos campos, Pressac estima o total em razoáveis 130.000: Les crématoires d’Auschwitz: La machinerie du meurtre de masse, Édition du CNRS, Paris 1993, páginas 144 e seguintes. 

111 Nota de Germar Rudolf: Prova de Acusação nº. 35, National Archives USA, 13 de maio de 1945, referência nº M-1174, rolo 4, quadro 54; conferir G. Rudolf, Lectures on the Holocaust, 3ª edição, Castle Hill Publishers, Uckfield 2017, página 531. Para estatísticas do número de mortos em outros campos, veja a contribuição de J-Graf neste volume {Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, 2019}. 

112 Nota de Germar Rudolf: Sem especificar a fonte exata, W. Sofsky (Die Ordnung des Terrors: Das Konzentrationslager, Fischer, Frankfurt 1993, páginas 331, nota de rodapé 37) cita a Cruz Vermelha a respeito de 450.000 vítimas registradas pelo nome.

 


Fonte: Germar Rudolf em Germar Rudolf (editor) Dissecting the Holocaust - The Growing Critique of ‘Truth’ and ‘Memory’, Castle Hill Publishers, P.O. Box 243, Uckfield, TN22 9AW, UK; novembro, 2019. Capítulo Holocaust Victims: A Statistical Analysis - W. Benz and W. N. Sanning – A Comparison.

Acesse o livro gratuitamente no site oficial:

https://holocausthandbooks.com/index.php?main_page=1&page_id=1  



Sobre o autor: Germar Rudolf nasceu em 1964 em Limburg, Alemanha. Ele estudou química na Universidade de Bonn, onde ele graduou-se em 1989 com um diploma comparável ao grau de PhD no EUA. De 1990 – 1993 ele preparou uma tese de PhD (na graduação alemã) no Instituto Max Planck, paralelo a isso Rudolf preparou um relatório especial sobre as questões químicas e técnicas das alegadas câmaras de gás de Auschwitz, The Rudolf Report. Como a conclusão era de que as instalações de Auschwitz e Birkenau não eram para propósitos de extermínio em massa ele teve que enfrentar perseguições e encontrou exílio na Inglaterra onde fundou a editora Castle Hill. Por pressão do desgoverno alemão por extradição ele teve que fugir em 1999 para o EUA em busca de asilo político. No EUA casou e tornou-se cidadão americano em 2005 mas imediatamente a isso foi preso e subsequentemente deportado para Alemanha onde cumpriu 44 meses de prisão por seus escritos acadêmicos, muitos deles feitos no EUA onde não são ilegais. Desde 2011 vive com sua família, esposa e três crianças, na Pennsylvânia. Entre suas principais obras estão:

Dissecting the Holocaust, 1ª edição 2003 pela Theses & Dissertations Press, EUA. 3ª edição revisada, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2019.

The Chemistry of Auschwitz: The Technology and Toxicology of Zyklon B and the Gas Chambers – A Crime-Scene Investigation, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 3ª edição revisada e expandida (março de 2017).

Lectures on Holocaust (1ª ed. 2005) 3ª edição revisada e expandida, Castle Hill, Uckfield (East Sussex), 2017.

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Recomendado, leia também:

Prefácio de Dissecando o Holocausto - Edição 2019 - Por Germar Rudolf

Campos de Concentração Nacional-Socialistas {nazistas}: lenda e realidade - parte 1 - precedentes e funções dos campos - por Jürgen Graf (demais partes na sequência do próprio artigo)

A técnica e a química das ‘câmaras de gás’ de Auschwitz - por Germar Rudolf - Parte 1 - Introdução (demais partes na sequência do próprio artigo)

O valor do testemunho e das confissões no holocausto - parte 1 - Por Germar Rudolf (primeira de três partes, as quais são dispostas na sequência).

O Holocausto em Perspectiva - Uma Carta de Paul Rassinier - por Paul Rassinier e Theodore O'Keefe

O Primeiro Holocausto - por Germar Rudolf

O Primeiro Holocausto – e a Crucificação dos judeus deve parar - parte 1 - Por Olaf Rose (Parte 2 na sequência do próprio artigo)

A controvérsia internacional do “holocausto” - Arthur Robert Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 1 - por Arthur R. Butz

Contexto e perspectiva na controvérsia do ‘Holocausto’ - parte 2 - por Arthur R. Butz

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