quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Pogroms {alegados massacres sobre os judeus} na Rússia - por Rolf Kosiek

 

Rolf Kosiek


No quadro da reeducação dos alemães, é dada em público muitas vezes a impressão acordada de que o antissemitismo era típico da Alemanha e lá foi determinado pela primeira vez. Além disso o ditado também serve a esse propósito: “A morte é uma mestra da Alemanha.” Mas isso não está certo. Na realidade, o Reich alemão era definido – pelo menos até o fim da República de Weimar no início dos anos 30 do século anterior – como predominantemente pró-judaico. Isso se aplica à maioria da população alemã, bem como aos governos do Reich. Mesmo depois de 1918, havia desproporcionalmente muitos judeus entre os deputados do Reichstag assim como entre os ministros. Matthias Erzberger e Walther Rathenau pertenciam a eles, assim como Hugo Preuss, que foi Ministro do Interior do Reich em 1919 e essencialmente o criador da Constituição do Reich de Weimar. Não é por acaso que centenas de milhares de judeus do leste imigraram para o Reich até 1938.1

            Em outros países, por outro lado, eles foram severamente perseguidos desde o século XIX, particularmente nos países da Europa Oriental. O pesquisador de antissemitismo Robert S. Wistrich, que ensina nos EUA e em Israel, aponta para esse fato quando ele afirma: O Holocausto foi “um evento pan-europeu que não poderia ter vindo se não fosse pelo final dos anos 30 do vigésimo século por milhões de pessoas que os europeus queriam ver o fim da ancestral presença judaica em seu meio. Esse consenso foi particular e pronunciadamente forte nos países da Europa Centro-Oriental, onde a maioria dos judeus vivia e ainda preservava suas peculiaridades nacionais e culturais.”2

Isso também é mostrado pelo resultado da conferência de Evian sobre a questão judaica em julho de 1938, excitadamente sugerida por Roosevelt:3 Os europeus orientais e centrais queriam empurrar a fora seus judeus, mas nenhum estado ocidental queria acolher os refugiados da Europa Central e Oriental. Havia nenhuma solução pacífica para este problema. É significativo que a localização de Evianles-Bains, na margem sul do Lago de Genebra, esteja listada com algumas informações na Großen Brockhaus {enciclopédia referencial em idioma alemão} de doze volumes de 1952 (3º vol., página 724), mas esta importante conferência não é mencionada. O mesmo é aplicável para os oito volumes de Großen Duden {dicionário referencial em idioma alemão} de 1965 (2º vol., página 803).

            Depois de pogroms anteriores, que também ocorreram na Europa Central e Ocidental na Idade Média, o antissemitismo se fez perceptível num todo no Império Russo no século XIX.

Uma lista opressiva dos grandes pogroms que ocorreram na Rússia e custaram a vida de milhares de judeus. Muitos dos afetados fugiram desses massacres para a Alemanha ou a Áustria, onde em Berlim e Viena desde o início do século 20 formaram minorias em rápido e forte crescimento, por causa de sua extensão foram percebidas.

Uma escalação dos maiores pogroms russos, traz Meisner4:

1859 pogroms em toda a Rússia.

1871 pogroms em Odessa.

1881 792 judeus são assassinados em Kiev.

1881 Pogroms na ucrâniana Elizabethgrad.

1882 Pogrom na ucraniana Balta.

1883 pogrom em Rostov.

1891 Expulsão dos judeus de Moscou, 20 assassinatos em Lodz.

1903 pogroms em Gomel e Kishinev no Moldau.

1905 pogroms em 700 cidades russas (incluindo ucranianas e polonesas).

Pogroms de 1917-1921 em mais de 1.200 lugares na Rússia e na Ucrânia com mais de 30.000 vítimas.

1917 Pogroms particularmente cruéis em Kalusz/Galicia.

1919 pogroms em Proskunov com 1.500 judeus assassinados.

1919-1921 Mais de 100 pogroms do exército nacional ucraniano com cerca de 60.000 vítimas judias.

Um antissemitismo igualmente forte assenhorou-se no período entre guerras na Polônia, que se tornou independente novamente em 1919 e queria se livrar absolutamente de seus aproximadamente três milhões de judeus. Detalhes além disso já foram especificados.5

Nenhum desses pogroms teve uma contrapartida no Reich alemão ou na Áustria antes de 1938, quando a ‘Kristallnacht’ {noite dos cristais} a ser condenada, de referida ordem ainda não esclarecida, reivindicou letalidades pela primeira vez na Alemanha, cujo número de vítimas não pode ser comparado com o das vítimas nas perseguições do Leste Europeu.

É, portanto, unilateral ver apenas nos alemães os antissemitas natos, como Daniel Goldhagen, por exemplo, tenta fazer em sua obra6, que, apesar disso, é celebrada na República Federal, e que Norman G. Filkeinstein critica7 justamente devido esta razão.

Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander


Notas

1 Nota de Rolf Kosiek: Veja os artigos nº 732, “Antisemitismus im Kaiserreich?”, tomo 4, páginas 434-439, e nº 768, “Das Schicksal der Juden in der Sowjetunion”, Der Grosse Wendig – Richtigstellungen zur Zeitgeschichte, tomo 4, páginas 211-216. 

2 Nota de Rolf Kosiek: Robert S. Witstrich, Hitler und der Holocaust, Berlin, 2003, páginas 16 e seguinte. 

3 Nota de Rolf Kosiek: Ver Artigo nº 118, “Die EvianKonferenz vom Juli 1938”, Der Grosse Wendig – Richtigstellungen zur Zeitgeschichte, tomo 1, páginas 499 e seguintes. 

4 Nota de Rolf Kosiek: Hans Meiser, Völkermorde vom Altertum bis zur Gegenwart, Grabert, Tübingen 2009, páginas 261 e seguinte. 

5 Nota de Rolf Kosiek: Ver postagem nº 128, “Judenpogrome im Polen der Zwischenkriegszeit”, em Der Grosse Wendig – Richtigstellungen zur Zeitgeschichte, tomo 1, páginas 537-540 e nº 129, “Zur Lage der Juden in Polen vor 1942”, em Der Grosse Wendig – Richtigstellungen zur Zeitgeschichte tomo 1, páginas 541 e seguinte. 

6 Nota de Rolf Kosiek: Daniel Goldhagen, Hitlers willige Vollstrecker, Berlin 1996. 

7 Nota de Rolf Kosiek: Norman G. Filkeinstein, Die Holocaust-Industrie, Piper, München-Zürich 2000.

 


Fonte: Der Grosse Wendig – Richtigstellungen zur Zeitgeschichte (editado por Olaf Rose e Rolf Kosiek), tomo 4, Grabert-Verlag, Tübingen, 2010. Artigo 731, por Rolf Kosiek, páginas 31-33.

Sobre o autor: Rolf Kosiek (1934-), é físico, cientista e escritor alemão. De 1991 a abril de 2005 foi presidente da Gesellschaft für freie Publizistik. Em sua juventude, Rolf Kosiek foi membro do Bündische Jugend (grupo de jovens). Em 1955 presta a Reifeprüfung em Herford. Em seguida, de 1955 a 1957, estudou Física, Química e História em Göttingen. Continuou os estudos de História de 1957 a 1960, em Heidelberg e diplomou-se em 1960. Outrossim doutorou-se em física nuclear (Dr. rer. nat.) no ano de 1963 em Heidelberg.

De 1963 a 1968, Rolf Kosiek trabalhou como assistente científico no 1º. Instituto de Física da Universidade de Heidelberg (Physikalischen Institut der Universität Heidelberg). De 1968 a 1972 atuou no setor de ciências da Editora Duden (Duden-Verlag), e de 1972 a 1980 foi docente nas áreas de Matemática, Física, e Estatística na Escola Técnica Superior de Nürtingen (Fachhochschule Nürtingen). A partir de 1981 atuou no setor de ciências da Editora Graber (Graber-Verlag).

Nos anos posteriores dedicou-se, em conjunto com Olaf Rose, à elaboração da enciclopédia Der Große Wendig, (co-editor). O objetivo da obra, de 5 volumes, é de corrigir interpretações históricas errôneas e falsificações da História, principalmente o esclarecimento dos mitos antialemães criados na História recente. Constitui assim documentário básico do revisionismo da História alemã. Outrossim é colaborador das publicações Deutschland in Geschichte e Euro-Kurier.

De 1968 a 1972 Rolf Kosiek foi membro do Parlamento (Landtag) em Stuttgart, e em 1968 a 1969 na Câmara Municipal em Heidelberg.

Entre suas principais obras estão:

Die Machtübernahme der 68er. Die Frankfurter Schule und ihre zersetzenden AuswirkungenEditora: Hohenrain-Verlag, 7ª, edição revisada 2009.

Der Große Wendig (autor em conjunto com Olaf Rose), 5 volumes., Editora: Grabert Verlag, Tübingen.

Deutsche Geschichte im 20. Jahrhundert. Das Ringen eines Volkes um Einheit und Bestand. Editora: Grabert Verlag, Tübingen, 2005.

Völker statt “One World”. Das Volk im Spiegel der Wissenschaft. Editora: Grabert-Verlag, Tübingen, 1999.

Waldemar Schütz (Editor). Revisão Rolf Kosiek: Lexikon - Deutsche Geschichte im 20. Jahrhundert. Deutsche Verlagsgesellschaft, 1990.

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Relacionado, leia também:

Sobre a difamação da Polônia pela judaísmo internacional ver:

Um olhar crítico sobre os “pogroms” {alegados massacres sobre os judeus} poloneses de 1914-1920 - por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}


Sobre a influência do judaico bolchevismo (comunismo-marxista) na Rússia ver:

Revisitando os Pogroms {alegados massacres de judeus} Russos do Século XIX, Parte 1: A Questão Judaica da Rússia - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}.  Parte 1 de 3, as demais na sequência do próprio artigo.


Mentindo sobre o judaico-bolchevismo {comunismo-marxista} - Por Andrew Joyce, Ph.D. {academic auctor pseudonym}

Os destruidores - Comunismo {judaico-bolchevismo} e seus frutos - por Winston Churchill

A liderança judaica na Revolução Bolchevique e o início do Regime soviético - Avaliando o gravemente lúgubre legado do comunismo soviético - por Mark Weber

Líderes do bolchevismo {comunismo marxista} - Por Rolf Kosiek

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Sobre a atual questão judaica e a  Rússia: 

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