Continuação de Israel como Um Homem: Uma Teoria do Poder Judaico - parte 1 - por Laurent Guyénot
Laurent Guyénot |
Rede conspiratória
Não
nos deixemos levar pelas nossas metáforas orgânicas. O sucesso das elites
judaicas na promoção dos seus objetivos nacionais não deve ser explicado meramente
por algum instinto nacional espontâneo ou alma de grupo que inconscientemente
os une profundamente, a despeito das suas divisões superficiais. É verdadeiro
que a força do sionismo moderno reside numa ligação orgânica e não hierárquica
entre os judeus, como sublinha Gilad Atzmon: “Enquanto o organismo funciona
como um todo, o órgão particular cumpre uma função elementar sem estar
consciente do seu papel específico dentro do sistema inteiro.”[18] No entanto, como também
sublinha Atzmon, esta unidade orgânica é criada, cultivada e utilizada pelas
elites cognitivas que estão muito conscientes do poder que dela podem extrair.#6
Em
outras palavras, Israel não se trata apenas de sangue, trata-se também de
aliança. Os judeus religiosos acreditam que o judaísmo remonta a uma aliança
mosaica entre Deus e as únicas pessoas com quem Ele realmente se importa. Mas a
maior parte da elite intelectual, cultural, financeira, política ou criminosa
judaica – membros dos B'nai B'rith (“Filhos da Aliança”) ou da Aliança
Israelita Universal, por exemplo – assume que se trata de uma aliança de judeus
entre eles mesmos.
Na
prática, a misteriosa capacidade dos movimentos judaicos de conduzir a história
baseia-se numa prática de rede de trabalho aperfeiçoada ao longo de 2.500 anos.
A ligação em rede de trabalho étnica significa que, sem o conhecimento do
público gentio, as elites judaicas coordenam os seus esforços numa questão
específica, de modo a aplicar uma pressão irresistível até que o efeito
desejado é obtido. Ele é realizado em todas as áreas e para os mais diversos
fins, inclusive na esfera acadêmica, para criar consenso artificial. Brenton
Sanderson*1 e Andrew Joyce,[19] ambos escrevendo no Occidental
Observer de Kevin MacDonald, demonstraram brilhantemente como esforços
concertados por parte de estudiosos judeus ao longo de algumas décadas podem
transformar qualquer figura menor, como Gustav Mahler ou Baruch Spinoza, em
personificações do “gênio judeu”:
“Em primeiro lugar, inflar a importância da realização intelectual ou artística de uma figura judaica até ao ponto em que esta seja considerada de magnitude de ‘mudança mundial’. Em segundo lugar, acentuar as origens judaicas e as afiliações da figura, para que a sua conquista de ‘mudança mundial’ seja considerada a expressão natural das suas origens e identidade judaicas.”[20]
O
processo ilustra perfeitamente a ligação entre o aspecto da “alma nacional” do
judaísmo e a sua aplicação prática em redes: para judeus comprometidos, a
realização de cada judeu é uma realização judaica e uma manifestação particular
da alma judaica.
Nas
esferas obscuras do poder político profundo, a elite judaica#7 unem-se em círculos conspiratórios
para conduzir a história na direção desejada. Uma delas foi a Ordem dos
Parushim, descrita por Sarah Schmidt*2,
professora de história judaica na Universidade Hebraica de Jerusalém, como “uma
força secreta de guerrilha subterrânea determinada a influenciar o curso dos
acontecimentos de uma forma silenciosa e anónima”. Na cerimônia de iniciação,
cada novo membro recebeu como instruções:
“Até que nosso propósito seja cumprido, você será membro de uma irmandade cujo vínculo você considerará maior do que qualquer outro em sua vida – mais querido do que o da família, da escola, da nação. Ao entrar nesta irmandade, você se torna um soldado dedicado no exército de Sião.”
O
iniciado respondeu jurando:
“Antes deste conselho, em nome de tudo o que considero querido e sagrado, prometo a mim mesmo, minha vida, minha fortuna e minha honra, a restauração da nação judaica. […] Comprometo-me totalmente a guardar, obedecer e manter em segredo as leis e o labor do séquito, a sua existência e os seus objetivos. Amém.”[21]
Louis
Brandeis (1856-1941), nomeado na Suprema Corte por Woodrow Wilson, e seu
protegido e sucessor Felix Frankfurter (1882-1965), eram membros deste círculo
secreto. “Trabalhando juntos durante um
período de 25 anos, eles colocaram uma rede de discípulos em posições de
influência e trabalharam diligentemente para a implementação dos programas desejados”,
escreve Bruce Allen Murphy em The Brandeis/Frankfurter Connection.[22] O mentor de Brandeis,
Samuel Untermeyer (1858-1940), que, segundo dizem, chantageou Wilson para
nomear Brandeis, e que exerceu uma influência sem paralelo na Casa Branca até à
sua morte, foi muito provavelmente um membro fundador dos Parushim.
{Samuel Untermyer (1858-1940) advogado e um dos articuladores judeus da política interna e principalmente externa dos EUA, e proeminente agitador contra a Alemanha}. |
O
grupo de discípulos íntimos de Leo Strauss, destinatários do ensinamento
“esotérico” do mestre, forma outro desses círculos conspiratórios. Nada é mais
revelador da sua filosofia do que a compreensão de Strauss sobre Maquiavel. Em
seus Pensamentos sobre Maquiavel. Strauss define Maquiavel como o patriota do
mais alto grau porque entendeu que apenas as nações podem ser imortais e que os
melhores líderes são aqueles que não têm medo de condenar a sua alma
individual, desde que eles não têm uma. O verdadeiro patriota não impõe limites
morais ao que pode fazer pelo seu país.[23] Num artigo na Jewish
World Review de 7 de junho de 1999, o discípulo de Strauss, Michael Ledeen,
membro fundador do Jewish Institute for National Security Affairs {Instituto
Judaico para Assuntos de Segurança Nacional} (JINSA), assume que Maquiavel deve
ter sido um “judeu secreto”*3, já
que “se você ouve sua filosofia política, você ouvirá música judaica.”[24]
Os
Straussianos formaram o núcleo original dos neoconservadores. Em duas gerações,
esta rede de menos de cem pessoas penetrou nos centros nervosos do Estado
americano com o objetivo de aproveitar as alavancas das suas políticas externa
e militar. A sustentabilidade transgeracional dos neoconservadores ilustra o
contexto orgânico da rede judaica: Irving Kristol foi sucedido por seu filho
William, Donald Kagan por seu filho Robert, Richard Pipes por seu filho Daniel
e Norman Podhoretz por seu filho John e seu genro Elliott Abrams.
Tais
redes de judeus inteligentes, tribais, maquiavélicos e conspiratórios são a
chave para a extraordinária unidade do judaísmo mundial. Podemos comparar a
estrutura da comunidade judaica com esferas orbitais concêntricas num campo
gravitacional, com a ideologia e as profecias de Jeová no cerne: nas esferas
internas está a minoria de elite para quem o judaísmo e Israel são preocupações
permanentes; nas esferas exteriores estão os judeus “moles”, que só são
mantidos em órbita pela baixa gravidade e prováveis de romperem e saírem fora. Como
judeus plenamente assimilados, eles desempenham um papel importante nas
relações públicas, e a maioria deles ainda pode ser mobilizada quando
necessário sob a bandeira da luta contra o antissemitismo.[25]
Portanto,
o judaísmo é também um sistema de controle mental das massas judaicas pelas
elites judaicas.#8 Enquanto nas sociedades
europeias os extremos tendem a ser marginalizados, Kevin MacDonald salienta que
na comunidade judaica o oposto é verdadeiro:
“Em todos os momentos de virada, foram os elementos mais etnocêntricos – poderíamos chamá-los de radicais – que têm determinado a direção da comunidade judaica e eventualmente ganharam o dia. […] O movimento radical começa entre os segmentos mais comprometidos da comunidade judaica, depois se espalha e eventualmente se torna dominante dentro da comunidade judaica. […] Os judeus que não concordam com o que é agora uma posição dominante são expulsos da comunidade, rotulados como “judeus que se odeiam” ou pior, e relegados à impotência.”[26]
Isto
tem acontecido desde o exílio babilónico, quando a obsessão de Ezequiel com a
pureza do sangue e do culto prevaleceu sobre a tentativa de reforma de
Jeremias, do sacerdotalismo para uma religião mais interna, moral e universal. Conforme
escreveu o estudioso bíblico Karl Budde: “a tendência para o completo
isolamento de Israel dos pagãos e para evitar toda poluição passou das visões
de Ezequiel para os livros de leis práticas”, fazendo Ezequiel o verdadeiro
“pai do Judaísmo”.[27] A mesma obsessão é o tema
central do Livro de Esdras. Ao saber que os judaico-babilônicos já
retornados à Palestina recorreram a casamentos mistos e que “a raça santa foi
contaminada pelo povo do país”, Esdras os fez jurar que “mandariam embora todas
as esposas estrangeiras e seus filhos”. (Esdras 9:2; 10:3). Três séculos
mais tarde, no mesmo espírito, os Macabeus lideraram uma sangrenta guerra civil
contra os judeus assimilacionistas para estabelecer a sua dinastia hasmoniana.
O Livro dos Jubileus, deste período, proclama:
“E se houver alguém em Israel que quiser dar sua filha ou sua irmã a algum homem da semente dos gentios, certamente morrerá, e eles o apedrejarão; porque ele causou vergonha em Israel; e queimarão a mulher no fogo, porque desonrou o nome da casa de seu pai, e será desarraigada de Israel” (30:7).
Assim,
a coesão da comunidade judaica é sempre mantida pelos judeus mais empenhados
entre as elites, através de um terror paranoico de extermínio combinado com um
complexo de superioridade. Podem nem todos eles concordarem sobre “o que é bom
para os Judeus” num determinado momento, mas estão todos absolutamente
comprometidos com o grandioso destino de Israel. E em momentos críticos da
história, eles são capazes de forçar os judeus do mundo a agir “como um homem” (Juízes
20:1). Um bom exemplo é a campanha lançada contra a Alemanha em março de 1933,
depois de Hitler se ter tornado Chanceler do Reich, através de um artigo de
primeira página*4 no Daily Express
britânico intitulado “Judea Declars War on Germany.#9 Judeus de todo o mundo, uni-vos” e
proclamando: “O povo israelita em todo o mundo declara guerra económica e
financeira contra a Alemanha. Catorze milhões de judeus dispersos por todo o
mundo uniram-se como um homem para declarar guerra aos perseguidores alemães
dos seus correligionários.” Samuel Untermeyer, que liderou o ataque, chamou de
“traidores da sua raça”*5 todos
os judeus que se recusaram a aderir ao boicote alemão.[28]
Estes
levitas eternos que controlam o resto dos judeus são os que têm uma mentalidade
mais bíblica: como David Ben-Gurion em 1936, eles dizem: “A Bíblia é o nosso
mandato”.*6 Eles também são os mais
endogâmicos. Ainda hoje, dentro da comunidade judaica, a endogamia é ainda mais
intensa à medida que se sobe na hierarquia social. Dos 58 casamentos contraídos
pelos descendentes de Mayer Rothschild, metade foi entre primos. No espaço de
pouco mais de cem anos, eles se casaram 16 vezes entre primos de primeiro grau,
enquanto que admitiram na linhagem alguns aristocratas goy {não judeus} extraídos
a dedo.[29] O padrão, mais uma vez, é
bíblico: a endogamia é tão altamente valorizada na Bíblia que ela supera a
proibição do incesto tal como é entendida pela maioria das culturas. Abraão se
casa com sua meia-irmã Sara.#10 Seu
filho Isaque se casa com Rebeca, filha de seu primo Betuel (cuja mãe, Milca,
havia se casado com seu tio Naor). E o filho de Isaque, Jacó, casou-se com as
duas filhas de seu tio materno, Labão. Sem falar de Judá, fundador dos judaítas
(mais tarde judeus), que concebe com sua nora Tamar.
Tradução e palavras entre chaves por Mykel Alexander
Continua em Israel como Um Homem: Uma Teoria do Poder Judaico - parte 3 - por Laurent Guyénot
[18] Nota de Laurent Guyénot: Gilad Atzmon, The Wandering Who? A Study of Jewish Identity Politics, Zero Books, 2011, página 21.
#6 Nota de Mykel Alexander: Sobre a
questão da atuação das lideranças judaicas sobre a sociedade judaica através da
história, ver como introdução:
- Controvérsia de Sião, por Knud Bjeld Eriksen, 02 de
novembro de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/11/controversia-de-siao-por-knud-bjeld.html
- Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma
raça?, por Mark Weber, 02 de junho de 2019, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/06/judeus-uma-comunidade-religiosa-um-povo.html
- O peso da tradição: por que o judaísmo não é como
outras religiões, por Mark Weber, 05 de novembro de 2023, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/11/o-peso-da-tradicao-por-que-o-judaismo.html
*1 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot:
[19] Nota de Laurent Guyénot: Andrew Joyce, “Pariah to Messiah: The
Engineered Apotheosis of Baruch Spinoza,” partes 1 a 3, The Occidental
Observer, 05 de maio de 2019.
[20] Nota de Laurent Guyénot: Brendon Sanderson, “Why Mahler? Norman Lebrecht and the Construction of Jewish Genius,” The Occidental Oberver, 13 de abril de 2011.
#7 Nota de Mykel Alexander: Sobre a questão da atuação das lideranças
judaicas sobre a sociedade judaica através da história, ver como introdução:
- Controvérsia de Sião, por Knud Bjeld Eriksen, 02 de
novembro de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/11/controversia-de-siao-por-knud-bjeld.html
- Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma
raça?, por Mark Weber, 02 de junho de 2019, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/06/judeus-uma-comunidade-religiosa-um-povo.html
- O peso da tradição: por que o judaísmo não é como
outras religiões, por Mark Weber, 05 de novembro de 2023, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/11/o-peso-da-tradicao-por-que-o-judaismo.html
*2 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot:
[21] Nota de Laurent Guyénot: Sarah Schmidt, “The ‘Parushim’: A Secret Episode in American Zionist History,” American Jewish Historical Quarterly 65, nº 2, dezembro de 1975, páginas 121–139, em https://ifamericansknew.org/history/parushim.html
[22] Nota de Laurent Guyénot: Bruce Allen Murphy, The Brandeis/Frankfurter Connection: The Secret Political Activities of Two Supreme Court Justices, Oxford University Press, 1982, página 10.
[23] Nota de Laurent Guyénot: Leo Strauss, Thoughts on Machiavelli, University of Chicago Press, 1978, página 42.
*3 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot:
[24] Nota de Laurent Guyénot: Michael Ledeen, “What Machiavelli (A Secret
Jew?) Learned from Moses,” Jewish World Review, 7 de junho de
1999, em:
[25] Nota de Laurent Guyénot: Daniel Elazar, Community and Polity: Organizational Dynamics of American Jewry, 1976, citado em Kevin MacDonald, Separation and Its Discontents: Toward an Evolutionary Theory of Anti-Semitism, Praeger, 1998, kindle 2013, k. 6668–91.
#8 Nota de Mykel Alexander: Sobre a questão da atuação das lideranças
judaicas sobre a sociedade judaica através da história, ver como introdução:
- Controvérsia de Sião, por Knud Bjeld Eriksen, 02 de
novembro de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/11/controversia-de-siao-por-knud-bjeld.html
- Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma
raça?, por Mark Weber, 02 de junho de 2019, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2019/06/judeus-uma-comunidade-religiosa-um-povo.html
- O peso da tradição: por que o judaísmo não é como
outras religiões, por Mark Weber, 05 de novembro de 2023, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/11/o-peso-da-tradicao-por-que-o-judaismo.html
[26] Nota de Laurent Guyénot: Kevin MacDonald, Cultural Insurrections: Essays on Western Civilizations, Jewish Influence, and Anti-Semitism, The Occidental Press, 2007, páginas 90-91.
[27] Nota de Laurent Guyénot: Karl Budde, Religion of Israel to the Exile, Putnam’s Sons, 1899 (archive.org), páginas 206-207.
*4 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot:
https://www.nationalists.org/library/hitler/daily-express/judea-declares-war-on-germany.html
#9 Nota de Mykel Alexander: Ver especialmente:
- A declaração judaica de guerra contra a Alemanha
nazista - O boicote econômico de 1933, por Matthew Raphael Johnson, 111 de
julho de 2023, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2023/06/a-declaracao-judaica-de-guerra-contra.html
*5 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot:
[28] Nota de Laurent Guyénot: Detalhe em meu livro, From Yahweh to Zion, 2018, pp. 260-261.
*6 Fonte utilizada por Laurent
Guyénot: Ben-Gurion Recognized Biblical Claim to Israel, 08 de janeiro de 1997,
The New York Times.
[29] Nota de Laurent Guyénot: Nota de Laurent Guyénot: Kevin MacDonald, A People That Shall Dwell Alone, op. cit., k. 5044–53. Kevin MacDonald, Separation and Its Discontents: Toward an Evolutionary Theory of Anti-Semitism, Praeger, 1998, kindle 2013 , k. 3975–4004.
#10 Nota de Mykel Alexander: É preciso registrar que nas tradições ocorrem
relações entre deuses, expostas muitas vezes por representações antropomóficas,
em que pais e mães e filhos e filhas, primos e primas são narrados como tendo
relações em que geram prole, contudo, em muitos casos tratam-se nitidamente de
imperativos universais, como o deus da luz “fecundou” a deusa terra ou deusa
mãe, ou os “testículos” de tal deus caiu sobre a deusa mar e nasceu daí uma
espuma representando determinada deusa. Para uma apreciação da simbologia
universal ver como introdução Mircea Eliade, História das Crenças e das
Ideias Religiosas, 3 volumes. No entanto, quanto a tradição judaica, é
preciso considerar que determinados personagens bíblicos, especialmente os de Gênesis
e Êxodo, remontam em certas partes tanto a tradição universal,
especialmente suméria, hurita, cananeia, assíria e babilônica, as quais
penetraram na tradição do reino de Israel, e que foi utilizada em certa medida pelos
judeus, do vizinho reino da Judeia levando aos escritores do Antigo Testamento
ao redor dos séculos VI a.C. – III a.C. a historicizarem representações divinas
como personagens históricos. Consideradas tais premissas, isto não impede que a
endogamia da tradição judaica tenha ocorrido desde tempos muito antigos,
independentemente de narrativas endogâmicas bíblicas se valerem também da utilização
de símbolos de divindades como se fossem indivíduos da sociedade judaica, tal
como no núcleo familiar de Abraão, como no exemplo utilizado por Laurent
Guyénot, que possui mais teor mítico do que terreno. No entanto, o efeito psicológico
de considerar endogamias não como ocorrendo entre forças divinas, mas sim entre
famílias humanas, aprovadas pelos líderes judaicos através do tempo, faz tal
prática se inserida e aceita como parte da tradição, o que é justamente o ponto
realçado por Laurent Guyénot.
Fonte: Israel as One Man: A Theory of Jewish Power, por Laurent Guyénot, 10 de junho de 2019, The Unz Review – An Alternative Media Selection.
https://www.unz.com/article/israel-as-one-man/
Sobre o autor: Laurent Guyénot (1960-) possuí mestrado em Estudos Bíblicos e trabalho em antropologia e história das religiões, tendo ainda o título de medievalista (PhD em Estudos Medievais em Paris IV-Sorbonne, 2009) e de engenheiro (Escola Nacional de Tecnologia Avançada, 1982).
Entre seus livros estão:
LE ROI SANS PROPHETE. L'enquête historique sur la relation entre Jésus et Jean-Baptiste, Exergue, 1996.
Jésus et Jean Baptiste: Enquête historique sur une rencontre légendaire, Imago Exergue, 1998.
Le livre noir de l'industrie rose – de la pornographie à la criminalité sexuelle, IMAGO, 2000.
Les avatars de la réincarnation: une histoire de la transmigration, des croyances primitives au paradigme moderne, Exergue, 2000.
Lumieres nouvelles sur la reincarnation, Exergue, 2003.
La Lance qui saigne: Métatextes et hypertextes du Conte du Graal de Chrétien de Troyes, Honoré Champion, 2010.
La mort féerique: Anthropologie du merveilleux (XIIᵉ-XVᵉ siècle), Gallimard, 2011.
JFK 11 Septembre: 50 ans de manipulations, Blanche, 2014.
Du Yahvisme au sionisme. Dieu jaloux, peuple élu, terre promise: 2500 ans de manipulations, Kontre Kulture, Kontre Kulture, 2016. Tem edição em inglês: From Yahweh to Zion: Jealous God, Chosen People, Promised Land...Clash of Civilizations, Sifting and Winnowing Books, 2018.
Petit livre de - 150 idées pour se débarrasser des cons, Le petit livre, 2019.
“Our God is Your God Too, But He Has Chosen Us”: Essays on Jewish Power, AFNIL, 2020.
Anno Domini: A Short History of the First Millennium AD, 2023.
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Relacionado, leia também sobre a questão judaica, sionismo e seus interesses globais ver:
“Pós-escrito para ‘O Enigma de Três Mil Anos’” - por Igor Shafarevich
Lev Gumilev e a Quimera Cazar {judaica} Por Laurent Guyénot
O peso da tradição: por que o judaísmo não é como outras religiões - por Mark Weber
Sionismo, Cripto-Judaísmo e a farsa bíblica - parte 1 - por Laurent Guyénot (as demais partes na sequência do próprio artigo)
O truque do diabo: desmascarando o Deus de Israel - Por Laurent Guyénot - parte 1 (Parte 2 na sequência do próprio artigo)
Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber
Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma raça? por Mark Weber
Controvérsia de Sião - por Knud Bjeld Eriksen
Sionismo e judeus americanos - por Alfred M. Lilienthal
Antissemitismo: Por que ele existe? E por que ele persiste? - Por Mark Weber
Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e influenciadores - Por Alison Weir
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