Israel Shamir |
A crise na Ucrânia desconcerta intensamente os russos.
E
europeus também. Putin diz que ele não quer invadir a Ucrânia. A OTAN não tem
provas de que a Rússia prepara uma invasão. Se a Ucrânia preparar um ataque, perderá
sua condição de Estado, diz Putin. A Otan exige que a Rússia retire seus
100.000 soldados da vizinhança da Ucrânia. A Rússia diz que as tropas estão
estacionadas em seu território.
A mídia americana, israelense e europeia diz que a invasão russa é iminente e chama seus cidadãos para voltar para casa[1]. Os russos perguntam por que deveriam invadir agora, se não invadiram em 2014. Nada mudou para pior desde aquela data. Sim, as coisas ficaram claras desde aquela época, mas não pior.
Cada desenvolvimento foi visto através do prisma da
Ucrânia. Até o Cazaquistão foi explicado como parte do plano Putin/Biden para a
Ucrânia. Os EUA ativaram o plano do Cazaquistão, disseram os russos; a
conspiração do Cazaquistão era russa, disseram americanos. Os russos disseram:
os EUA abriram a Segunda Frente; os EUA disseram, os russos adicionaram
confusão. Só mais tarde ficou esclarecido que se tratava de uma luta entre
subgrupos étnicos.
Os EUA exigiram deixar a Ucrânia inviolada; os russos
concordaram. Os EUA não acreditam. Putin disse que ele não pretende lutar
contra a Ucrânia, já que ucranianos e russos são uma nação. Os ucranianos
disseram que são duas nações.
A OTAN está convencida de que os russos querem tomar a
Ucrânia. Os russos dizem que não querem. Eles fariam isso em 2014; isso seria
mais fácil. O presidente ucraniano concordou com a OTAN. Mas ele mudou de
ideia: ele diz que tais prognósticos podem ser autorrealizáveis.
O preço do gás é o pano de fundo para este conflito. A
política verde trouxe alta de preços. O gás tornou-se caro; os russos ofereciam
aos europeus gás do gasoduto que fariam. Os EUA ofereceram seu próprio gás em
vez disso. Esse foi o problema por trás da crise na Ucrânia. A Ucrânia sofre
com a escassez de gás e aumento de preços.
Israel, os estados da OTAN e o Reino Unido também
chamaram os diplomatas de casa. Quando a tensão estava no máximo, o
primeiro-ministro francês entrou na peça, visitou Moscou e teve 6 horas de longa
conversa com Putin.
Naquela época, Biden disse que sabe com certeza que
Putin atacará em 16 de fevereiro de 2022. A partir de sábado, 12 de fevereiro,
a Inglaterra proibiu suas companhias de seguros de garantir voos sobre a
Ucrânia. O céu sobre a Ucrânia está incrivelmente vazio – sem aviões, sem jatos
privados.
Os russos estão convencidos de que não haverá guerra,
de qualquer maneira. Os EUA terão que começar a guerra eles mesmos. Eles enviam
armas para Kiev, esperando que Zelensky as empregue. A Ucrânia descarregou
embaixadores e eles foram para casa. Zelensky exige provas – data e tamanho.
Parece que a Ucrânia e a Rússia não querem a guerra;
apenas os EUA e o Reino Unido. Esta é a conclusão chinesa; provocação dos EUA.
16 veio e se foi. Conclusão chinesa: russos e ucranianos não querem lutar.
Havia muitos itens engraçados nas notícias, pois a mídia tentava agradar seus donos. Uma das melhores foi a afirmação de que Putin espera que Biden entregue armas. Agora esta farsa acabou; para o último acordo, o Parlamento russo recomendou a Putin que reconhecesse as repúblicas divididas. Esse é o fim da guerra que não foi travada.
Tradução
por Leonardo Campos
Revisão por Mykel Alexander
Nota
[1] Nota de Mykel Alexander: Sobre a coesão e ajuda mútua entre os membros do judaísmo internacional, bem como suas complexas e arcaicas origens, ver:
- Controvérsia de Sião, por Knud Bjeld Eriksen, 02 de novembro de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/11/controversia-de-siao-por-knud-bjeld.html
Sobre a capacidade e coesão atual e ajuda mútua atual entre os membros do judaísmo internacional ver:
- Sionismo e judeus americanos, por Alfred M. Lilienthal, 03 de março de 2021, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2021/03/sionismo-e-judeus-americanos-por-alfred.html
- Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e influenciadores, por Alison Weir, 01 de janeiro de 2020, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/01/congresso-mundial-judaico-bilionarios.html
Fonte: The War
That Wasn’t Fought, por Israel Shamir 16 de fevereiro de 2022, The Unz
Review – An alternative media selection.
https://www.unz.com/ishamir/the-war-that-wasnt-fought/
Sobre
o autor: Sobre ou autor: Israel Shamir (1947-) é um internacionalmente aclamado
pensador político e espiritual, colunista da internet e escritor. Nativo de
Novosibirsk, Sibéria, moveu-se para Israel em 1969, servindo como paraquedista
do exército e lutou na guerra de 1973. Após a guerra ele tornou-se jornalista e
escritor. Em 1975 Shamir juntou-se a BBC e se mudou para Londres. Em 1977-1979
ele viveu no Japão. Após voltar para Israel em 1980 Shamir escreveu para o
jornal Haaretz e foi porta-voz do Partido Socialista Israelense
(Mapam). Sua carreira literária é muito elogiada por suas próprias obras assim
como por suas traduções. Vive em Jaffa (Israel) e passa muito tempo em Moscou
(Rússia) e Estocolmo (Suécia); é pai de três filhos.
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Relacionado, leia também:
{Retrospectiva 2014} – Ucrânia: o fim da guerra fria que jamais aconteceu - Por Alain de Benoist
Aleksandr Solzhenitsyn, Ucrânia e os Neoconservadores - Por Boyd T. Cathey
A Guerra de Putin - por Gilad Atzmon
Crepúsculo dos Oligarcas {judeus da Rússia}? - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}
A obsessão de Putin pelo Holocausto - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}
Neoconservadores, Ucrânia, Rússia e a luta ocidental pela hegemonia global - por Kevin MacDonald
Os Neoconservadores versus a Rússia - Por Kevin MacDonald
{Retrospectiva 2014} O triunfo de Putin - O Gambito da Crimeia - Por Israel Shamir
{Retrospectiva 2014} A Revolução Marrom na Ucrânia - Por Israel Shamir
Sobre a difamação da Polônia pela judaísmo internacional ver:
Sobre a influência do judaico bolchevismo (comunismo-marxista) na Rússia ver:
Revisitando os Pogroms {alegados massacres de judeus} Russos do Século XIX, Parte 1: A Questão Judaica da Rússia - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}. Parte 1 de 3, as demais na sequência do próprio artigo.
Os destruidores - Comunismo {judaico-bolchevismo} e seus frutos - por Winston Churchill
Líderes do bolchevismo {comunismo marxista} - Por Rolf Kosiek
Wall Street & a Revolução Russa de março de 1917 – por Kerry Bolton
Wall Street e a Revolução Bolchevique de Novembro de 1917 – por Kerry Bolton
Esquecendo Trotsky (7 de novembro de 1879 - 21 de agosto de 1940) - Por Alex Kurtagić
{Retrospectiva Ucrânia - 2014} Nacionalistas, Judeus e a Crise Ucraniana: Algumas Perspectivas Históricas - Por Andrew Joyce, PhD {academic auctor pseudonym}
Nacionalismo e genocídio – A origem da fome artificial de 1932 – 1933 na Ucrânia - Por Valentyn Moroz
Sobre a questão judaica, sionismo e seus interesses globais ver:
Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber
Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma raça? por Mark Weber
Controvérsia de Sião - por Knud Bjeld Eriksen
Sionismo e judeus americanos - por Alfred M. Lilienthal
Por trás da Declaração de Balfour A penhora britânica da Grande Guerra ao Lord Rothschild - parte 1 - Por Robert John {as demais 5 partes seguem na sequência}
Raízes do Conflito Mundial Atual – Estratégias sionistas e a duplicidade Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial – por Kerry Bolton
Por que querem destruir a Síria? - por Dr. Ghassan Nseir
Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e influenciadores - Por Alison Weir
Um olhar direto sobre o lobby judaico - por Mark Weber
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