Boyd D. Cathey |
As coisas desmoronam; o
centro não pode segurar;
Mera anarquia é lançada
sobre o mundo,
A maré turva de sangue
está solta, e em todos os lugares
A cerimônia da inocência está
afogada;
Os melhores carecem de convicção,
enquanto os piores
Estão cheios de
intensidade apaixonada. – Wm. B. Yeats, 1919
Eu
acho fascinante que nossa mídia ocidental tenha repetido porções ou citado
apenas uma parte do discurso que Vladimir Putin proferiu ontem (3 de outubro)
sobre a adesão de quatro regiões russas historicamente e fortemente étnicas de
volta à Rússia (as quais foram arbitrariamente assinaladas à Ucrânia de volta
na década de 1920 e, Crimeia, em 1954). Obviamente, nossa mídia – incluindo
notoriamente a Fox News em suas reportagens – está fixada na aparente “ameaça
nuclear” da Rússia. De alguma forma, eles não mencionam que foram os EUA e a
OTAN que primeiro cutucaram repetidamente a jaula nuclear e alertaram a Rússia
sobre as “consequências terríveis” das operações na Ucrânia, enquanto
despejavam bilhões de dólares em armamentos de alta tecnologia para dentro do
caldeirão.
Ainda,
como eu tenho mencionado em várias de minhas colunas publicadas, as questões
não são apenas geopolíticas e concernindo à hegemonia global, mas também
profundamente religiosas por natureza... quer queiramos admitir ou não, quer pensemos
que a invasão de Putin foi justificada ou não. De fato, a posição americana
oficialmente desde 24 de fevereiro é que continuaremos este conflito,
alimentando-o continuamente e aumentando as apostas a cada momento,
essencialmente até “nós” (ou seja, os EUA e seus sátrapas na OTAN e seus
asseclas em Kiev) derrotarmos a Rússia e depor seu presidente... mesmo que isso
signifique a morte cruel de todos os ucranianos no terreno nesta guerra por
procuração.
De
fato, conforme vários meios de comunicação agora admitem, na primavera, tanto na
Rússia quanto na Ucrânia – Putin e Zelensky – têm concordado com uma fórmula
aceitável para encerrar o conflito: a Ucrânia não se juntaria à OTAN e a Rússia
retiraria suas tropas de Donbass. Putin e Zelensky teriam até concordado em se
encontrar pessoalmente. Ah, mas não, o Departamento de Estado dos EUA interveio
e puxou a corrente de Zelensky: absolutamente inaceitável, disse nosso governo;
nada menos do que o fim de Putin e a destruição da Rússia serviriam, mesmo que
isso significasse o que o secretário {judeu} Anthony Blinken chamou de “baixas
e perdas aceitáveis” (ocasionadas por trocas nucleares?).
Isso,
por si só, deveria ser extremamente preocupante – e assustador – para todos os
americanos preocupados. Sim, nós estamos falando uma vez de novo sobre
Destruição Mútua Assegurada (MAD) em escala global, o que torna o comentário de
John Foster Dulles na década de 1950 uma cifra minúscula.
Não
há pessoas crescidas na sala?
A
evidência disso está se multiplicando a cada dia para qualquer um que a procure.
E como os ucranianos e os russos agora entendem isso, e que a única potência
mundial real capaz de interromper isso são os EUA – que estão fazendo
exatamente o contrário – nos encontramos em uma situação semelhante às grandes
potências das semanas fatídicas que antecederam a eclosão da Primeira Guerra
Mundial, o que um historiador chamou de “andar como um sonâmbulo na guerra
mundial”. Mas as consequências, com ogivas nucleares, serão muito mais
devastadoras desta vez, talvez o fim do mundo como nós o conhecemos.
Neste
então, isso poderia ser evitado... mas como então, os fanáticos, principalmente
os neoconservadores e globalistas {cuja articulação e liderança provém
predominantemente do judaísmo internacional}#1
em Washington e Bruxelas, que literalmente detestam a Rússia e seu presidente,
estão somennte acelerando, quase irrefletida e vertiginosamente, o calendário
do Armagedom.
Conforme
eu escrevi no início, havia algo igualmente, senão mais importante, no discurso
de Putin. Foi ignorado, talvez de propósito, pela mídia ocidental. E enquadra a
questão fundamental e, se me permitem, acrescenta um elemento escatológico ao
que está ocorrendo diante dos nossos olhos. Perto do final de seus comentários,
Putin falou sobre uma crescente compreensão russa desse conflito: isso se
tornou uma guerra não apenas pela sobrevivência ucraniana, mas também russa. Para
os russos, tornou-se basicamente um conflito religioso entre o Oriente e o
Ocidente, no qual eles se baseiam em sua história de mil anos, em suas brutais
experiências de guerra e sofrimento (que em muitos aspectos, ironicamente, são
compartilhados por seus irmãos na Ucrânia) e sua fé resiliente:
Vladimir
Putin, trecho do Discurso por Ocasião da Ascensão dos Oblasts de Donbass,
Kherson e Zaporozhe na Rússia, 3 de outubro de 2022 (eu tenho usado algumas
traduções diferentes para isso):
…Agora eu gostaria…de me dirigir também a todos os cidadãos do país – não apenas aos colegas que estão na [St. George's] saguão [no Kremlin] – mas todos os cidadãos da Rússia: queremos nós ter aqui, em nosso país, na Rússia, “pai número um, pai número dois e pai número três” (no Ocidente eles perderam completamente isso!) em vez de mãe e pai? Queremos que nossas escolas imponham aos nossos filhos, desde os primeiros dias na escola, perversões que levam à degradação e à extinção? Queremos martelar em suas cabeças a ideia de que certos outros gêneros existem junto com mulheres e homens e oferecer a eles uma cirurgia de redesignação de gênero? É isso que queremos para o nosso país e para os nossos filhos? Tudo isso é inaceitável para nós. Nós temos um futuro diferente para nós.
{Vladimir Putin em 30 de setembro de 2022, St George Hall do Grande Palácio do Kremlin, Moscou. Assinatura dos tratados de adesão das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das regiões de Zaporozhye e Kherson à Rússia. Fonte: site oficial do Kremlin.} |
Deixe-me repetir que a ditadura das elites ocidentais {da atualidade, cuja proeminência é a do judaísmo internacional}#2 tem como alvo todas as sociedades, incluindo os próprios cidadãos dos países ocidentais. Este é um desafio para todos. Essa renúncia completa do que significa ser humano, a derrubada dos valores tradicionais e a supressão da liberdade estão se assemelhando a uma “religião ao contrário” – puro satanismo. Expondo os falsos messias, Jesus Cristo disse no Sermão da Montanha: “Pelos seus frutos os conhecereis”. Essas frutas venenosas já são óbvias para as pessoas, e não apenas em nosso país, mas também em todos os países, incluindo muitas pessoas no próprio Ocidente.
O mundo entrou em um período de transformação fundamental e revolucionária. Novos centros de poder estão surgindo. Eles representam a maioria – a maioria! – da comunidade internacional. Eles estão prontos não apenas para declarar seus interesses, mas também para protegê-los. Eles veem na multipolaridade uma oportunidade de fortalecer sua soberania, a qual significa ganhar liberdade genuína, perspectivas históricas e direito a formas próprias de desenvolvimento independente, criativo e distinto, em um processo harmonioso.
Conforme eu tenho já dito, há muitas pessoas com ideias semelhantes na Europa e nos Estados Unidos, e nós sentimos e vemos seu apoio. Um movimento anticolonial essencialmente emancipatório contra a hegemonia globalista unipolar está se formando nos mais diversos países e sociedades. Seu poder só aumentará com o tempo. É essa força que determinará nossa futura realidade geopolítica.
Hoje, nós estamos lutando por um caminho justo e livre, primeiro de tudo para nós mesmos, para a Rússia, a fim de deixar a ditadura globalista e o despotismo no passado. Eu estou convencido de que os países e os povos entendem que uma política baseada na excepcionalidade de quem quer que seja e na repressão de outras culturas e povos é inerentemente criminosa e que devemos fechar este capítulo vergonhoso. O colapso contínuo da hegemonia ocidental é irreversível. E eu repito: as coisas nunca mais serão as mesmas novamente.
O campo de batalha para o qual o destino e a história nos têm chamado é um campo de batalha para nosso povo, para a grande Rússia histórica, para a fé de nossos ancestrais. Pela grande Rússia histórica, pelas gerações futuras, nossos filhos, netos e bisnetos. Devemos protegê-los contra a escravidão e experimentos monstruosos que são projetados para aleijar suas mentes e almas.
Hoje, nós estamos lutando para que a Rússia, nosso povo, nossa língua e nossa cultura não sejam apagados da história. Hoje, nós precisamos de uma sociedade consolidada, e essa consolidação só pode ser baseada na soberania, na liberdade, na criação, na justiça e na fé. Nossos valores são humanidade, misericórdia e compaixão.
E eu quero encerrar com as palavras de um verdadeiro patriota e valente cristão, Ivan Ilyin: “Se eu considero a Rússia minha pátria, isso significa que eu amo como um russo, contemplo e penso, canto e falo como russo; que acredito na força espiritual do povo russo. Seu espírito é meu espírito; seu destino é o meu destino; seu sofrimento é minha dor; e sua prosperidade é minha alegria.”
{Vladimir Putin em 30 de setembro de 2022, St George Hall do Grande Palácio do Kremlin, Moscou. Assinatura dos tratados de adesão das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das regiões de Zaporozhye e Kherson à Rússia. Fonte: site oficial do Kremlin.} |
Por trás dessas palavras está firme e de pé uma escolha espiritual gloriosa, que, por mais de mil anos de estado russo, foi seguida por muitas gerações de nossos ancestrais. Hoje, nós estamos fazendo essa escolha mais uma vez….
Tradução
e palavras entre chaves por Mykel Alexander
#1 Nota de Mykel Alexander: Para um
resumo ver especialmente:
- A Mão Judaica na Terceira Guerra Mundial - Liberdade
de expressão versus catástrofe, por Thomas Dalton {academic auctor pseudonym},
21 de agosto de 2022, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/08/a-mao-judaica-na-terceira-guerra.html
Para uma contextualização mais
abrangente e com mais profundidade envolvendo o judaísmo internacional no
conflito da Ucrânia ver:
- {Retrospectiva 2004 - Ocidente-Ucrânia... e o
judaísmo internacional} Ucrânia à beira do precipício, por Israel Shamir, 14 de
agosto de 2022, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/08/ucrania-beira-do-precipicio-por-israel.html
- {Retrospectiva Ucrânia - 2014} Nacionalistas, Judeus
e a Crise Ucraniana: Algumas Perspectivas Históricas, por Andrew Joyce, PhD
{academic auctor pseudonym}, 18 de abril de 2022, World Traditional
Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/04/retrospectiva-ucrania-2014.html
- {Retrospectiva 2014 - assédio do Ocidente
Globalizado na Ucrânia} O Fatídico triângulo: Rússia, Ucrânia e os judeus, por
Israel Shamir, 25 de fevereiro de 2022, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/02/retrospectiva-2014-russia-ucrania-e-os.html
- {Retrospectiva 2008 - assédio do Ocidente
Globalizado na Ucrânia} Os Neoconservadores versus a Rússia, por Kevin
MacDonald, 19 de março de 2022, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/03/os-neoconservadores-versus-russia-por.html
- Odiar a Rússia é um emprego de tempo integral
Neoconservadores ressuscitam memórias tribais para atiçar as chamas, por Philip
Girald, 18 de julho de 2018, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2018/07/odiar-russia-e-um-emprego-de-tempo.html
- {Assédio do Ocidente Globalizado na Ucrânia em 2022}
- Neoconservadores, Ucrânia, Rússia e a luta ocidental pela hegemonia global,
por Kevin MacDonald, 21 de março de 2022, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/03/neoconservadores-ucrania-russia-e-luta.html
- {Retrospectiva 2022 - assédio do Ocidente
Globalizado na Ucrânia} - Bastidores e articulações do judaísmo {internacional}
na Ucrânia, por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}, 27 de maio de
2022, World Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2022/05/retrospectiva-2022-assedio-do-ocidente.html
Em relação ao poder reunido pelo
judaísmo internacional na atualidade ver:
- Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e
influenciadores, por Alison Weir, 01 de janeiro de 2020, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/01/congresso-mundial-judaico-bilionarios.html
#2 Nota de Mykel Alexander: Para uma
introdução a subversão sob a condução do judaísmo internacional em relação as
tradições europeias ver:
- Kevin
MacDonald, The Culture of Critique – Na Evolutionary Analyses of Jewish
Involvement in Twentieth-Century Intelectual and Political Movements, 1stBooks
Library, 2002 (2ª edição), Bloomington, USA
Em relação ao poder reunido pelo
judaísmo internacional na atualidade ver:
- Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e
influenciadores, por Alison Weir, 01 de janeiro de 2020, World
Traditional Front.
https://worldtraditionalfront.blogspot.com/2020/01/congresso-mundial-judaico-bilionarios.html
Fonte: Advancing to Armageddon, por Boyd D. Cathey, 04
de outubro de 2022, The Unz Review – An alternative media selection.
https://www.unz.com/article/advancing-to-armageddon/
Sobre o autor: Boyd D.
Cathey (1950-), americano, tem doutorado em história europeia pela Universidade
Católica de Navarra, Pamplona, Espanha, onde foi Richard Weaver Fellow, e
mestrado em história intelectual pela Universidade de Virgínia (como Jefferson
Fellow). Foi assistente do falecido filósofo Russell Kirk e secretário estadual
da Divisão de Arquivos e História da Carolina do Norte. Foi de entre 1984-1999
editor sênior do The Southern Partisan, uma publicação trimestral conservadora;
entre 1989-2003 fez parte do conselho editorial do Journal of
Historical Review. Foi co-editor do livro The Conservative
Perspective: A View from North Carolina (1988).
__________________________________________________________________________________
Relacionado, leia também:
{Retrospectiva 2022 – maio e início da penúria europeia} Guerra da Ucrânia - Por Israel Shamir
{Retrospectiva 2022 – Guerra Ucrânia/OTAN x Rússia} - É possível realmente saber o que aconteceu e está acontecendo na Ucrânia? – parte 1 - por Boyd D. Cathey e demais partes por Jacques Baud (ex-funcionário da ONU e OTAN)
John Mearsheimer, Ucrânia e a política subterrânea global - por Boyd D. Cathey
Retrospectiva 2022 sobre a crise na Ucrania - por John J. Mearsheimer
Como os Estados Unidos Provocaram a Crise na Ucrânia - por Boyd d. Cathey
{Retrospectiva 2014} – Ucrânia: o fim da guerra fria que jamais aconteceu - Por Alain de Benoist
Aleksandr Solzhenitsyn, Ucrânia e os Neoconservadores - Por Boyd T. Cathey
A Guerra de Putin - por Gilad Atzmon
Crepúsculo dos Oligarcas {judeus da Rússia}? - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}
A obsessão de Putin pelo Holocausto - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}
Neoconservadores, Ucrânia, Rússia e a luta ocidental pela hegemonia global - por Kevin MacDonald
Os Neoconservadores versus a Rússia - Por Kevin MacDonald
{Retrospectiva 2014} O triunfo de Putin - O Gambito da Crimeia - Por Israel Shamir
{Retrospectiva 2014} A Revolução Marrom na Ucrânia - Por Israel Shamir
Sobre a difamação da Polônia pela judaísmo internacional ver:
Sobre a influência do judaico bolchevismo (comunismo-marxista) na Rússia ver:
Revisitando os Pogroms {alegados massacres de judeus} Russos do Século XIX, Parte 1: A Questão Judaica da Rússia - Por Andrew Joyce {academic auctor pseudonym}. Parte 1 de 3, as demais na sequência do próprio artigo.
Os destruidores - Comunismo {judaico-bolchevismo} e seus frutos - por Winston Churchill
Líderes do bolchevismo {comunismo marxista} - Por Rolf Kosiek
Wall Street & a Revolução Russa de março de 1917 – por Kerry Bolton
Wall Street e a Revolução Bolchevique de Novembro de 1917 – por Kerry Bolton
Esquecendo Trotsky (7 de novembro de 1879 - 21 de agosto de 1940) - Por Alex Kurtagić
{Retrospectiva Ucrânia - 2014} Nacionalistas, Judeus e a Crise Ucraniana: Algumas Perspectivas Históricas - Por Andrew Joyce, PhD {academic auctor pseudonym}
Nacionalismo e genocídio – A origem da fome artificial de 1932 – 1933 na Ucrânia - Por Valentyn Moroz
Sobre a questão judaica, sionismo e seus interesses globais ver:
Conversa direta sobre o sionismo - o que o nacionalismo judaico significa - Por Mark Weber
Judeus: Uma comunidade religiosa, um povo ou uma raça? por Mark Weber
Controvérsia de Sião - por Knud Bjeld Eriksen
Sionismo e judeus americanos - por Alfred M. Lilienthal
Por trás da Declaração de Balfour A penhora britânica da Grande Guerra ao Lord Rothschild - parte 1 - Por Robert John {as demais 5 partes seguem na sequência}
Raízes do Conflito Mundial Atual – Estratégias sionistas e a duplicidade Ocidental durante a Primeira Guerra Mundial – por Kerry Bolton
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Congresso Mundial Judaico: Bilionários, Oligarcas, e influenciadores - Por Alison Weir
Um olhar direto sobre o lobby judaico - por Mark Weber
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